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Tomossíntese mamária: a evolução da mamografia

Instituto de Educação Superior IMEB-IES

O surgimento da mamografia convencional possibilitou diagnósticos mais precoces e mais possibilidades de cura para muitas mulheres. Em 2000, vieram as imagens digitais e, mais recentemente, a tomossíntese mamária, a evolução da mamografia.

Como o diagnóstico precoce é fator determinante para o sucesso dos tratamentos, este novo recurso torna-se um aliado importante na identificação mais rápida e precisa de tumores e, consequentemente, mais chances de cura.

Mas o exame de tomossíntese mamária traz vários outros benefícios em relação a outros exames já existentes.

Conheça todos!

O que é a tomossíntese mamária?

Também conhecida como mamografia tomográfica ou mamografia 3D, este aparelho é capaz de gerar imagens de altíssima precisão, tornando possível detectar mínimas alterações nas mamas, que antes poderiam passar despercebidas.

Diferentemente da mamografia convencional, que capta imagens em duas dimensões, a tomossíntese gera imagens 3D do órgão. Essa reconstrução é feita por um aparelho semelhante ao mamógrafo comum, mas que usa um tubo de raio-x para registrar imagens por todos os ângulos, como fatias de 1 mm de espessura de toda a mama.

Assim, além de uma melhor definição de lesões e, consequentemente, maior sucesso no diagnóstico precoce do câncer de mama, a tomossíntese reduz o número de falsos positivos e falsos negativos da mamografia convencional.

Mas essa tecnologia traz ainda outros benefícios.

Quais os diferenciais deste exame?

Avaliação mais eficaz dos nódulos

Um estudo coordenado por 13 hospitais universitários dos Estados Unidos observou que a tomossíntese mamária, associada a outros exames, aumentou em 41% o diagnóstico de casos de câncer mais agressivos, e em 29% o diagnóstico de outros tumores, além de reduzir em 15% a necessidade de se refazerem exames devido a falsos positivos.

A imagem 3D (à direita) permitiu a identificação de um tumor que o exame tradicional não tinha sido capaz de identificar.

Isso traz mais segurança ao profissional que analisa as imagens, reduzindo as chances de um diagnóstico impreciso.

A tomossíntese cria imagens como se fossem finíssimas fatias da mama separadamente, evitando que essas imagens fiquem sobrepostas ou misturadas, permitindo uma definição mais minuciosa das bordas das lesões, um dos fatores de diferença entre tumores malignos e benignos.

Além disso, nos casos de lesões ainda muito pequenas, há menos chance de que elas sejam encobertas por estruturas normais.

Diagnóstico mais precoce

Alguns tipos de alterações podem se camuflar entre tecidos normais e passarem despercebidos em exames de imagem menos precisos, como a mamografia convencional ou a ecografia.

Em certos casos, não há calcificações ou nódulos perceptíveis, e alguns tumores podem ser confundidos com lesões benignas em exames convencionais.

A maior precisão da tomossíntese reduz as chances disso acontecer.

Redução de procedimentos invasivos

A clareza com que a tomossíntese apresenta as imagens da mama e a precisão com que diferencia os tipos de lesões permite ao médico fazer o diagnóstico do câncer de mama com maior segurança.

Como benefícios adicionais, há menos chance de a paciente precisar se submeter a exames mais complexos e invasivos, ou ter que refazer exames porque o resultado foi inconclusivo, ou ainda se submeter a biópsias para confirmação diagnóstica. Fora o benefício principal de reduzir a chance de que tumores não sejam vistos.

Melhor resultado com mamas densas

Algumas mulheres têm pouca gordura nas mamas e uma grande quantidade de tecidos glandulares e fibrosos. É o que os especialistas chamam de mamas densas.

Este é considerado um dos fatores de risco para o câncer de mama, já que essa característica aumenta em cinco vezes a probabilidade de desenvolver a doença.

Nesta imagem você pode ver a diferença entre mamas menos (à esquerda) e mais densas (à direita).

Além disso, alguns tipos de nódulos têm aspecto semelhante ao de tecidos normais de mamas mais densas, o que dificulta o diagnóstico por exames como a mamografia convencional.

Como a tomossíntese mamária “atravessa” a densidade das mamas com suas imagens extremamente finas, isso aumenta em até 30% as chances de se identificar tumores em mulheres com essa condição.

A tomossíntese mamária é mais confortável para a mulher?

Muitas mulheres referem o receio de sentir dor durante a realização da mamografia. Para contornar essa queixa e trazer mais conforto e bem-estar para a paciente, hoje existe a mamografia 3D Senographe Pristina™.

Este novo aparelho apresenta diversos recursos ergonômicos para que a paciente se sinta mais confortável durante a realização do exame.

Todas as partes em contato com os seios da paciente possuem cantos arredondados, além de um apoio para os braços que relaxam a musculatura, simplificando o posicionamento, a compressão e a aquisição das imagens.

As tomografias tradicionais comprimem automaticamente a mama, o que pode gerar desconforto para a mulher. O Senographe Pristina™ permite que a própria mulher ajuste o nível de compressão ao nível que ela considere mais confortável.

Qual a melhor forma de prevenção?

Como as chances de sucesso nos tratamentos são superiores a 90% nos casos em que o diagnóstico é feito precocemente, manter consultas e exames regulares é sempre a melhor forma de prevenção.

E com a chegada da tomossíntese mamária, que é uma evolução da mamografia, as possibilidades de cura tornam-se ainda maiores.

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